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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Turismo/Especial Peru Parte VIII - A cidade dos Reis

Nossa ultima reportagem sobre o Peru, teve alguns dias de atraso mais dessa vez a aventura chega ao fim.

A cidade dos Reis.

Lima, a capital peruana situada à margem do Oceano Pacífico, se destaca por sua imponente arquitetura colonial e uma vida noturna agitada.Mas essa metrópole onde praticamente não chove, com suas casas sem telhado e hotéis que se dão ao luxo de terem áreas externas recobertas com carpete, ainda reserva muitas outras surpresas para quem se aventura por suas ruas e bairros centenários.

Situada às margens do Oceano Pacífico, Lima, hoje com cerca de 9 milhões de habitantes, pouco evoca a atmosfera de um balneário. O clima é agradável, com uma média anual de 19 graus, chegando à máxima de 28 graus no verão. No entanto, raros são os dias ensolarados.

Aliás, a sensação que se tem ao olhar para o céu invariavelmente cinza é que vai chover a qualquer momento, algo que raríssimas vezes acontece. O máximo que pode ocorrer é um chuvisco rápido uma ou duas vezes por ano, que mal chega a molhar o chão. Esse estranho fenômeno se deve à localização da cidade, entre o mar e as montanhas da Cordilheira dos Andes - estas impedem que nuvens muito carregadas cheguem até lá.

Por conta destas características, a primeira impressão que Lima deixa é a de uma certa aridez, principalmente no caminho do aeroporto até a região central da cidade, onde se veem poucas áreas verdes. Impressão que logo se dissolve assim que se chega ao imponente centro histórico da capital.Lima foi fundada em 1535 pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Inicialmente, recebeu a denominação de Ciudad de los Reyes (Cidade dos Reis), porque o seu território foi invadido no dia 6 de janeiro, data, no calendário católico, dedicada ao culto dos Reis Magos. Logo elevada à condição de capital do vice-reino do Peru, a cidade foi por muito tempo a mais importante das Américas.

A memória desse passado colonial ainda está presente em vários pontos de Lima. O mais eloquente é a Praça das Armas, construída no ano da chegada de Pizarro à região. A praça é circundada por vários prédios históricos, como a Catedral, erguida em 1625, mas que passou por diversas reconstruções e reformas por conta da série de terremotos que atingiram a cidade. Dentro da igreja, que abriga uma miscelânea de estilos, do barroco ao neoclássico, fica o túmulo de Pizarro, ornamentado com um belíssimo painel em mosaicos venezianos representando a imagem do colonizador espanhol.

Ao lado da Catedral, o Palácio do Governo é outro edifício de arquitetura suntuosa, mas bem mais recente: sua construção data da década de 1930. Uma das atrações do local, que mobiliza tanto os turistas quanto os moradores da cidade, é assistir à troca de guarda, ao som da música da banda militar, que ocorre de segunda a sexta-feira, sempre ao meio-dia.

Ainda no centro histórico, cujo formato geométrico fez com que fosse denominado por muito tempo como o "damero de Pizarro", vale a pena visitar o Convento de São Francisco, fundado em 1620, e que, no seu auge, chegou a abrigar 300 religiosos - hoje cerca de 30 padres franciscanos ainda moram lá. Os claustros e pátios do convento são decorados com azulejos sevilhanos e o lugar ainda conserva uma biblioteca com cerca de 25 mil volumes, muitos deles edições raras e centenárias.

No subsolo, um passeio interessante, embora um tanto quanto mórbido, é percorrer as catacumbas, um labirinto repleto de corredores em cujas paredes estão depositadas as ossadas de milhares de pessoas. Já perto da saída, o visitante depara-se com um enorme tanque no qual milhares de ossos formam um desenho macabro. Calcula-se que cerca de 25 mil pessoas foram enterradas nas catacumbas, que, por décadas, funcionaram como o cemitério público de Lima.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Turismo/Especial Peru Parte VII - A noite em Cusco

Estamos na penúltima parada no Peru, dessa vez a noite é bem agitada em Cusco.

Turismo/Especial Peru Parte VII - A noite em Cusco

É bom reservar um pouco de energia no sobe-e-desce de ladeiras em Cusco e nos seus arredores para aproveitar a noite da cidade, que é fervilhante. Com seu ar cosmopolita pelo fato de receber gente do mundo inteiro, a cidade oferece um cardápio amplo de opções, com clubes noturnos para todos os gostos, restaurantes de cozinhas variadas e uma vida cultural bem interessante.
Entre os restaurantes, alguns destaques são o Tunupa, que tem um bufê variado com vários pratos tipicos da região e ainda promove shows folclóricos com artistas locais; o Cicciolina, com seu famoso nhoque de batata; o Chicha, do renomado chef Gastón Acurio. e o Fallen Angel, com sua decoração ao mesmo tempo pós-moderna e barroca. Não deixe de experimentar a chicha, uma bebida fermentada de milho roxo (o Peru, alias tem uma variedade incrivel de milho e batata, de todas as cores, tamanhos e formatos). Tudo, claro acompanhado de uma dose, ou mais, de pisco sour, o célebre drique peruano feito com pisco, uma aguardente à base de uva, ou da cerveja Cusquenha, muito saborosa.
A cidade também é um paraíso para compras. Fora os centros de artesanato, onde se encontram praticamente os mesmos produtos que na feira de Pisac, há ainda ateliês de joias e várias galerias que expõem obras de artistas locais. Para se deslocar, o táxi é o melhor meio de transporte (qualquer corrida dentro da cidade custa no maximo 5 soles, o que não chega a 3 reais) - só não se assuste com a condição dos veículos, alguns deles quase caindo aos pedaços.
Vivendo praticamente da renda obtida com o turismo, os moradores de Cusco são bem simpáticos e atenciosos. Por todo lado, veem-se cholas, mulheres portanto as típicas vestimentas andinas, com chapéu na cabeça, saia rodada e uma pano amarrado em torno da cintura e do pescoço no qual elas carregam, de tudo - das compras feiras aos filhos. E a todo momento vendedores ambulantes aparece em meio que a multidão.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Turismo/Especial Peru Parte VI - Entre Dois Reinos

Continuamos no Peru mas dessa vez, saímos de Machu Picchu e vamos direto para Cusco, cidade que resguarda a memória do passado de glória do império Inca combinada ao belo conjunto arquitetônico deixado pela colonização espanhola.

A mais de 3 mil metros de altitude, em meio à magnífica paisagem da Cordilheira dos Andes, uma cidade toda de pedra e cujo traçado urbano evoca as formas de um puma era considerada o "umbigo" do mundo. Para os membros do império Inca, não deveria haver mesmo dúvidas de que sua resplandecente capital, ricamente ornamentada com ouro e prata e batizada de Cusco (cujo nome significa em Quíncha, o indioma andino significa "umbigo") fosse o centro da terra.
A colonização espanhola massacrou essa civilização, saqueou e destruiu os seus principais edifícios e templos. Séculos depois, pelo menos dois grandes terremotos arrasaram outras contruções da cidade. O felino de pedra fora terrivelmente mutilado, mas conseguiu sobreviver. E hoje, Cusco, se já não se vê mais como o ponto central do planeta, conserva com orgulho os traços do seu passado, naquilo que ele tem de glorioso e trágico.
Essa cidade foi a metrópole do império inca e que hoje é um dos mais importantes destinos turísticos do país e principalmente porta de entrada para Machu Picchu, além de ostentar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco.
Como em muitos aspectos referentes aos povos andinos, é difícil distinguir o que é lenda do que é fato histórico com relação à fundação de Cusco. A cidade teria sido criada no século 11 ou 12 pelo inca (imperador andino) Manco Capac. Escavações arqueológicas descobriram, no entanto, vestígios de que o vale onde Cusco se situa já era habitado há mais de 3 mil anos. De concreto, parece ser o fato que a cidade floresceu mesmo sob o governo do inca Pachacuti no século 15 que teria unificado os povos locais sob o seu reino e estendido seus domínios desde o sul da colômbia até o norte da Argentina.
Esse centro urbano exuberante foi subjugado pelo espanhol Francisco Pizarro e suas tropas no ano de 1513. Hoje andando pelas ruas e ladeiras dessa cidade que conta atualmente com quase 400 mil habitantes, o que se vê as são as marcas da dominação europeia por todo o canto, entremeadas ao que restou da outrora poderosa civilização inca. Mistura que, por ironia do destino, é o que representa o charme de Cusco e atrai milhares de turistas do mundo inteiro.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Turismo/Especial Peru Parte V - Dicas/Serviços

Seguindo a semana mais uma postagem dessa vez algumas dicas e serviços de Machu Picchu


Parte V - Dicas/Serviços

► O parque de Machu Picchu fecha às 17 horas, diariamente, mas o melhor é chegar à cidade bem cedo, porque o sol, a partir das 11 horas, fica muito forte e à tarde o risco de cair uma tempestade. Mesmo assim, não deixe de levar capa de chuva, uma vez que o clima na região como é comum na selva amazônica.
► Protetor solar e repelente também são itens indispensáveis
► Dentro do parque, é proibido o ingresso de mochilas muito grandes. Há um guarda-volumes na entrada que cobra 5 solares (moeda peruana) para guardar objetos.
► Procure se alimentar bem antes de ir ao parque. Lá é proibido ingressar com alimentos e há só uma lanchonete do lado de fora do portão de entrada, sempre lotada de turistas.
► Vá de tênis oi calçado de trekking. Prefira roupas confortáveis e não deixe de levar óculos escuros.
► A estação chuvosa em Machu Picchu vai de novembro a março (ainda há no local resquícios da enchente do inicio do ano passado, que praticamente deixou a região ilhada). Nos outros meses, o tempo é mais seco e em meados do ano a temperatura costuma cair muito à noite.

Como Ir

► De avião, para quem mora em Goiânia, uma solução é a prática é o voo da LAN (www.lan.com) em direção a Lima, que sai às segundas, quartas, quintas, sextas e sabados de Brasília.
A viagem dura em torno de quatro horas (no horário de verão a diferença de fuso horário é de três horas a menos em relação ao do Brasil). De Lima, há vários voos diretos para Cusco, principal ponto de partida para se chegar a Machu Picchu. A viagem dura em torno de 55 minutos.
► Há várias agências em Cusco oi Lima que têm pacotes para Machu Picchu. Umas das mais tradicionais é a Viajes Pacífico (www.viajespacifico.pe)