De quatro a seis dias é um tempo razoavelmente bom para se conhecer diversas coisas de San Carlos de Bariloche. No Centro Cívico está a Secretaría de Turismo, não deixe de passar no local e pegar algumas dicas, mapas e informações sobre as atrações da cidade.
A maioria das atrações da cidade fica dentro do Parque Nacional Nahuel Huapi. O esqui é uma atração a parte e a única estação em funcionamento na cidade é o Cerro Catedral, com mais de 50 pistas. Outras estações próximas à cidade são o Cerro Bayo, em Villa La Angostura, e Cerro Chapelco, em San Martín de Los Andes.
Centro Cívico
O Centro Cívico de Bariloche é a principal localidade da cidade e também uma bela atração. Ali se pode apreciar a arquitetura peculiar da cidade como na Municipalidad de Bariloche e nos edifícios ao redor. As principais ruas de comércio têm início aqui, onde também se encontra o ponto de informações turísticas. No meio da praça do centro cívico se encontra a estátua do General Roca. É possível tirar belas fotos com os típicos cães São Bernardo com barris pendurados no pescoço na praça. Apesar dos preços cobrados pelas fotos, não se pode ir a Bariloche e não tirar uma foto com eles.
A principal atração do centro é o Museo de La Patagônia que retrata a história patagônica e mostra um pouco da fauna da região através de animais empanados. Seguindo pela costanera que percorre o lago Nahuel Huapi, é possível se chegar à bela catedral da cidade.
Parque Nacional Nahuel Huapi
Bariloche está dentro do parque Nahuel Huapi – primeiro parque de proteção ambiental da América do Sul –, assim como as principais atrações próximas à cidade. O circuito Chico é o passeio mais tradicional da cidade. Pode ser feito por agência ou por conta própria – de ônibus ou bicicleta. Consiste em sair da cidade de Bariloche costeando o lago Nahuel Huapi até o Cerro Campanário – uma das vistas mais belas do mundo, segundo a National Geographic. Pode-se chegar ao topo do Campanário por uma trilha de vinte minutos ou por aerosillas. Após o Campanário, pega-se novamente a estrada em direção ao Hotel Llao Llao, o mais famoso hotel argentino. A vista do hotel rodeado por montanhas nevadas é deslumbrante e o interior do mesmo pode ser visitado, desde que seja feita uma reserva. O passeio dura no máximo meio dia.
Várias outras atrações podem servir como complemento ao circuito Chico. Uma delas é ir até a Colonia Suiza, após o Llao Llao, onde se pode saborear um curanto, comida típica local em qualquer um dos restaurantes da colônia. Outra opção é ir até o lago Escondido, cerca de 4 km após o Llao Llao. |
Outro complemento ao circuito é visitar o Cerro Otto. O morro fica antes do Campanário e pode ser feito no começo ou no fim, antes de voltar a Bariloche. É uma estação de esqui desativada que tem uma espécie de tobogã para se escorregar na neve, mas a grande atração mesmo é a cafeteria giratória que roda lentamente e permite uma total apreciação da paisagem. Para chegar ao topo do morro, pode-se pegar um teleférico.
Um último complemento ao passeio pode ser o de aproveitar a proximidade do Puerto Pañuelo para pegar um barco até a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes. O bosque é uma área natural, parte do Parque Nacional Los Arrayanes, que abriga arrayanes – árvores avermelhadas típicas da região – com mais de 300 anos de vida. Já a ilha Victoria possui várias coníferas e pinturas rupestres, além de se poder mergulhar ou subir ao topo do Cerro Bella Vista de aerosilla. Esses locais também podem ser facilmente conhecidos a partir de Villa La Angostura.
Ainda dentro do parque, mas do outro lado de Bariloche, um belo local para se visitar é o Cerro Tronador – um vulcão extinto que demarca a fronteira com o Chile. Fica em uma área do parque pertencente ao Club Andino Bariloche que mantém uma infra-estrutura mínima de refúgios no local para aqueles que desejam dormir nessa linda região e fazer trekkings por mais de um dia. O Tronador tem esse nome devido ao barulho forte que faz quando algum bloco de gelo desmorona do morro. Os lagos por aqui são ótimos para pesca de trutas.
Cerro Catedral
O Cerro Catedral é uma das principais estações de esqui da Argentina possuindo mais de 50 pistas. Tem sua infra-estrutura na Villa Catedral, ao pé do morro, onde pode-se alugar o equipamento para a prática de esqui e snowboard, assim como contratar aulas. Fora da temporada de esqui, o local possibilita inúmeros trekkings. Para chegar à vila e ao Catedral, há ônibus com certa freqüência de horários todos os dias
Caminho dos Sete Lagos
O passeio começa em Bariloche, passa por Villa La Angostura e segue até a cidade de San Martín de Los Andes, passando pelos sete lagos – Nahuel Huapi, Espejo, Correntoso, Villarino, Falkner, Machónico e Lácar. É um belo passeio, mas se for feito ida e volta é bastante cansativo. Se for se hospedar na cidade de San Martín, pode-se contratar este passeio e ficar pela cidade. A passagem por Villa La Angostura é mais rápida e não se consegue conhecer muito dela no pouco período de tempo do passeio.
Cruce de Lagos
Famosa travessia de Bariloche a Puerto Varas, no Chile, atravessando os belos lagos Nahuel Huapi, Freias e Todos Los Santos de barco e, em alguns pontos, intercalando com ônibus. Pode ser feita em um dia, no verão e na primavera, e em dois dias, no outono e no inverno, quando abertos os lagos, pois pode acontecer de fechar por excesso de gelo. Quando feito em mais de um dia, é feita uma parada para dormir em Peulla.
Villa La Angostura
Villa La Angostura é uma pequena cidade com menos de 10 mil habitantes situada na margem do lago Nahuel Huapi. Entre suas principais atrações estão a Laguna Verde, o Cajón Negro, o Parque Nacional Los Arrayanes e o Cerro Bayo, onde há um centro de esqui para o inverno e serve de base aos trekkings pelo local no verão. Na cidade é que realmente começa o caminho dos sete lagos até San Martín de Los Andes.
San Martín de Los Andes
San Martín é uma pequena cidade de mais ou menos 30 mil habitantes, muito charmosa e às margens do lindo Lago Lácar. Fica próxima a Bariloche, cerca de 200 km de distância, mas ainda mantém um clima mais interiorano e família que a cidade vizinha. Tudo é belo na cidade, desde os inúmeros chalés às residências maiores de quatro andares, passando por toda a vegetação que cerca a cidade que fica entre duas encostas. San Martín é o destino final da famosa rota dos sete lagos. Entre seus atrativos está o Museu dos Primeiros Povoadores, trekkings de verão pelo Parque Nacional Lanín e no vulcão Lanín, praias no lago Lácar e esqui no inverno, no Cerro Chapelco. Chapelco é um dos centros de esqui mais famosos da Argentina e possui um conjunto de quase 30 pistas.
Esquel
Esquel é uma cidade árida que foi colonizada por gauleses e está a 340 km de Bariloche. Tem como suas principais atrações turísticas o Parque Nacional Los Alerces, a La Trochita – uma locomotiva a vapor histórica que ligava Bariloche a Buenos Aires, mas que hoje apenas liga Esquel a El Maitén – e o pequeno centro de esqui La Hoya. O parque possui paisagens com lagos e florestas exuberantes, além de fazer divisa com o Chile. O parque possui várias trilhas onde algumas só podem ser percorridas com guias e outras que ficam proibidas em época de seca e em nevascas no inverno. Um museu interessante na cidade é o Museo de Culturas Originarias Patagónicas, que mostra detalhes da vida dos antigos povos patagônicos.
El Bolsón
El Bolsón é uma pequena cidade localizada em um lindo vale aos pés da Cordilheira dos Andes. Sua principal atração é a prática de atividades como trekkings, cavalgadas e rafting. Na cidade, pode se encontrar facilmente muitos hippies. É um destino mais procurado por turistas argentinos e, bem menos, por turistas de fora da América do Sul que costumam se hospedar em estâncias. A popularidade entre os brasileiros ainda é muito baixa.